Família Schneider com Frederico Blumm provavelmente entre as décadas de 1920/1930
Os personagens da foto de hoje são uma incógnita. No verso da foto há apenas quatro nomes escritos, e eles estão assim grafados: Arthur Schneider, Teno Schneider, Frederico Blumm e Albino Schneider. De posse destes nomes comecei a pesquisar e achei uma família Schneider de Dois Irmãos/Sapiranga, onde estão inseridas as pessoas da foto. Como Frederico Blumm tem como local de falecimento Sapiranga, leva-se a crer então que se trata de uma reunião possivelmente familiar dos Schneider com outras pessoas nesta mesma localidade, por volta das décadas de 1920/1930. Não foi possível identificar o restante das pessoas da foto, mas possivelmente são membros destas famílias. Nota-se que estão bem vestidos, arrumados, e alguns estão bebendo, o que leva a crer que possa ser uma comemoração. Com base nisso preparei a seguinte pesquisa, bem longa, se levarmos em conta que as únicas informações foram os quatro nomes no verso da foto.
Na fotografia original, os quatro homens estão marcados com caneta, mas não há identificação de quem é quem. Estão marcados: o segundo sentado, da direita para a esquerda, de camisa branca, com aparência mais idosa, e de pé, o primeiro à direita, com a cabeça um pouco abaixada, de bigode, também mais idoso, seguido do quarto da dir. p/ esquerda, de cabelo escuro, e por fim, o primeiro da esq. p/ direita, de garrafa e copo na mão e camisa branca.
Informações de Frederico Blumm:
Conforme informações do Family Search, Frederico nasceu em Sapiranga em 22 de julho de 1873 e era filho de Gottlieb Daniel Blumm (1836–1917) e Philippina Berlitz (1838–1889). Faleceu também em Sapiranga, em 15 de junho de 1947. Gottlieb e Philippina tiveram oito filhos, incluindo Friedrich Wilhelm Blumm (1876–1951), com nome muito parecido ao do irmão. Frederico era casado com Rosalina Schuck (8 de novembro de 1876 – 8 de janeiro de 1967), com quem teve quatro filhos. Rosaline era filha de Adam Schuck (1847–1927) e Elisabeth Strassburger (1849–1938). O casal contraiu matrimônio em 18 de julho de 1896, em Dois Irmãos.
Informações sobre a família de Albino Schneider:
As informações sobre a família Schneider são mais complexas. Na foto estão Albino Schneider (26 de setembro de 1870 – 29 de agosto de 1936) e os filhos Artur Schneider (5 de agosto de 1897 – sem data de falecimento) e Theno Schneider (31 de outubro de 1907 – sem data de falecimento). Albino nasceu na Picada Schneider em Sapiranga, e era filho de Abraham Philipp Schneider (1848–1914) e Elisabeth Schäffer (1847–1914), que se casaram em 02 de maio de 1869. Tiveram um total de oito filhos, sendo Albino o mais velho.
Albino se casou com Whilhelmina Konrath (aproximadamente 1872 – 2 de junho de 1955) por volta de 1892 e tiveram mais três filhos além dos presentes na foto: Emília Schneider (1894–1974), Emilio Schneider (1895–1970) e Renilda Hilda Schneider (1919–1956). O casal foi sepultado na Picada São Jacó, em Sapiranga.
Os antepassados de Albino Schneider:
Não foi possível identificar mais informações sobre as origens de Whilhelmina (ou Guilhermina, na forma aportuguesada), mas em relação à Albino Schneider, o Family Search nos dá um caminhão de dados. Seu antepassado que veio da Alemanha para o Brasil foi Peter Schneider (15 de julho de 1811 – 8 de novembro de 1871), que chegou ao porto de São Leopoldo em 9 de maio de 1829. Sua esposa, Maria Catharina Schüler (1812–1890), filha mais velha de Andreas Jacob Schüler (1788–1876) e Anna Catharina Loch (1789–1874) também veio da Alemanha, chegando em Dois Irmãos na mesma época. Ambos eram da região da Renânia-Palatinado, local de onde saíram a maioria dos imigrantes que vieram para o Rio Grande do Sul.
A vinda da família de Maria Catharina Schüler para o Brasil:
Uma história interessante sobre a família de Maria Catharina Schüler é sobre a viagem que fizeram até chegar a Dois Irmãos, que assim como todos que de lá vieram, passaram pelas mesmas provações. A família de Andreas Jacob Schüler, teve que primeiro viajar 600 km de carroça puxada por animais até o porto de Bremen, em uma viagem de aproximadamente três semanas. Atravessaram o Atlântico no grande navio “Olbers”, que saiu de Bremen em 26 de setembro de 1828 e chegou ao Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1828, dando entrada em Armação (hoje Niterói) em 22 de dezembro de 1828, em cuja lista de passageiros aparece no número 32. O desembarque só foi concluído em 2 de janeiro de 1829. Iniciou a viagem para o Rio Grande do Sul em 24 de janeiro de 1829 no barco costeiro “Orestes”, identificados como família de número 37. Após 25 dias chegaram ao porto de Rio Grande. Trocaram de barco e viajaram cinco dias pela Lagoa dos Patos até Porto Alegre, possivelmente hospedados nas pousadas do gasômetro. Chegaram a São Leopoldo no dia 18 de março de 1829. De lá seguiram para Dois Irmãos, onde se instalaram no lote 24 a leste da rua central (hoje Avenida São Miguel).
O veleiro “Olbers”:
Era um grande veleiro, com três mastros, e numa das viagens, realizada em 1828, transportou 874 passageiros divididos em 152 famílias. Muitas dessas famílias e passageiros se estabeleceram nas colônias alemãs no Rio Grande do Sul. Há fontes que dizem ter sido o maior dos navios que até aquela época (1828-1829) havia efetuado o transporte de imigrantes ao Brasil. Em texto publicado sobre a família Sena/Senna, fala-se mais sobre o “Olbers”: “Foi sem dúvida o veleiro Olbers, o primeiro navio construído especialmente para transporte de pessoas, que com suas 152 famílias e cerca de 874 passageiros, que traria o maior contingente de colonos para a Colônia Alemã de São Leopoldo. Embora a composição da tripulação seja até hoje desconhecida pois a relação de passageiros foi extraviada ou destruída durante a 1ª Guerra Mundial, foi possível identificar as famílias tomando por base a relação de pessoas que na época (agosto de 1828) se encontravam na hospedaria “Vor dem Bunten Thore” de Bremen aguardando embarque no Olbers, cujos nomes foram posteriormente confirmados com o registro de imigrantes de São Leopoldo”.
Quem souber mais sobre os Schneider e Blumm de Dois Irmãos/Sapiranga, não deixe de comentar, aprimorando assim nossas informações. Lembre-se: a história está em constante movimento, e a cada postagem surgem mais informações e correções sobre as pesquisas.
Foto do acervo do Museu Histórico de Parobé – digitalizada/editada por Maicon Leite
Fontes:
Family Search:
https://www.familysearch.org/tree/person/details/LK46-YTP
https://www.familysearch.org/tree/person/details/LY1S-ZP6
https://www.familysearch.org/tree/person/details/G7YB-FW9
https://www.auswanderer-oldenburg.de/getperson.php?personID=I110497&tree=Auswanderer
https://sites.google.com/site/genealogiadafamiliasenasenna/navios-viagens-passageiros
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