Amanda Cidade Martins e suas interessantes origens

Nesta foto do final do séc. XIX está Amanda Cidade Martins, nascida em 6 de abril de 1876 e falecida em 18 de fevereiro de 1938. Quando Amanda nasceu, seu pai, José Martins Pires, tinha 61 anos e sua mãe, Emília Arouche Cidade, tinha 34 anos. Ela casou-se com o agricultor Innocente Ferreira de Souza em 26 de abril de 1902, com quem teve doze filhos. Faleceu aos 62 anos de idade em Santa Cristina do Pinhal. Innocente era viúvo já tinha uma filha do primeiro casamento.

Segundo Marcelo Jaeger, trinetode Amanda Cidade Martins, que cedeu a foto, Innocente e Amanda moravam em Santa Cristina do Pinhal e seus descendentes se espalharam pelo interior de Taquara, principalmente nas localidades de Morro Negro e Fazenda Fialho.

Seu pai, José Martins Pires, nascido em 20 de março de 1815 em São Sebastião do Caí, se casou com Emília Arouche Cidade em 29 de outubro de 1864, vindo a ter cerca de 12 filhos. Quem veio de Santa Catarina para o Rio Grande do Sul foi seu pai, José Da Rosa Martins Philereno, nascido em 29 de outubro de 1786 ainda em Santa Catarina e falecido em 27 de julho de 1866, já em Santa Cristina do Pinhal. José Da Rosa se casou com Maria Narciza Pires Cerveira (1788–1852) em 25 de junho de 1808, em Triunfo e eram avós maternos da conhecida Ana Maria Fay dos Santos, que possui uma escola em sua homenagem no bairro Alexandria.

Emília Arouche Cidade nasceu em 04 de julho de 1842 em São Jerônimo e era filha de Francisco de Azambuja Cidade nascido em 1805 em Santo Amaro/RS e de Maria Arouche de Morais nascida em 02 de junho de 1815 em Nossa Sra. Madre de Deus de Porto Alegre.

Francisco de Azambuja Cidade era filho de José Bittencourt Cidade, nascido por volta de 1775 em Desterro/SC e falecido em 08 de outubro de 1824 em Porto Alegre e Angélica Fontoura de Azambuja, nascida em 1º de dezembro de 1776 em Taquari e falecida em 1º de abril de 1825 em Porto Alegre.

Curiosidades genealógicas:

A mãe de Emília Arouche Cidade, Maria Arouche de Morais, era filha do alferes paulista Diogo Arouche de Morais Lara, que morreu de maneira heroica defendendo as Missões de São Nicolau em 1819 contra as tropas de Gel. Artigas na Primeira Guerra Cisplatina. Segundo Henrique Oscar Wiederspahn, “as tropas de Artigas invadiram os Sete Povos das Missões pelo passo Santo Isidoro, em 25 de abril de 1819, se apoderando de São Luís Gonzaga e São Nicolau. Para combatê-lo, foi destacado um Regimento de Cavalaria de Milícias, comandado pelo coronel Diogo de Morais Arouche Lara, que foi vencido e morto em ação”. Ele era filho do José Arouche de Toledo Rendon que em sua época era dono de terras onde hoje se encontra a praça da Sé, o viaduto do Chá, o Largo do Arouche e o bairro da Casa Verde, além de ser amigo pessoal do então jovem e futuro Dom Pedro I.

Largo do Arouche em São Paulo:

As conexões de Amanda Cidade Martins nos fazem viajar para diferentes direções, dentre elas o famoso Largo do Arouche, em São Paulo, uma homenagem para seu trisavô José Arouche de Toledo Rendon. Segundo o site da Academia Paulista de Letras, “O largo contou, anteriormente, com algumas denominações “temporárias”, a saber: Largo do Ouvidor, Largo da Artilharia, Praça Alexandre Herculano e finalmente Largo do Arouche, em homenagem ao Tenente General José de Toledo Rendon. A população, todavia, designava o local como Mercado das Flores: seria o Mercado das Flores do Largo do Arouche. O Tenente José Arouche de Toledo Rendon, introdutor da cultura do chá em São Paulo, importou um forno da China para a fabricação. Mandou elaborar dois fornos iguais em Ipanema”.

Além do Largo do Arouche, a fazenda de Marechal José Arouche de Toledo Rendon deu origem a alguns bairros da capital paulista, como a Vila Buarque. Foi ele que influenciou seus amigos a promover a cultura do chá, cedendo seus fornos para os novos interessados. Rapidamente o chá virou um hábito local, e seu consumo era forte. Sendo assim, seria construído um viaduto no centro da cidade, posteriormente denominado Viaduto do Chá.

Colaboração:

Marcelo Jaeger

Créditos da foto: 

Foto gentilmente cedida por Marcelo Jaeger – digitalizada/editada por Maicon Leite

Fontes:

https://www.familysearch.org/tree/person/details/KHGN-DKL

https://www.familysearch.org/tree/person/details/9FW7-NSX

http://www.academiapaulistadeletras.org.br/memoria.asp?materia=1352

WIEDERSPAHN, Henrique Oscar. Das guerras Cisplatinas às guerras contra Rózas e contra o Paraguai, in: Enciclopédia Rio-grandense, Editora Regional, Canoas, 1956.

Projeto criado por Maicon Leite, graduando em História pela FACCAT e presidente da AMUPA (Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé). Todos os direitos reservados.

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Maicon Leite

Criador do projeto Trilhando a História de Parobé e Presidente da AMUPA - Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé

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