Dona Adelina Martins da Cunha, inesquecível merendeira do Grupo Escolar Engenheiro Parobé

Conhecida e lembrada por toda uma geração, a merendeira Adelina Martins da Cunha até hoje provoca saudades nos antigos alunos do Grupo Escolar Engenheiro Parobé. Nascida em 20/12/1894, era casada com Diogo Hilário da Cunha, com quem teve sete filhos. Na década de 1950 Adelina, que ficou conhecida como “Dona Dilina”, começou a trabalhar na escola, na função de serviços gerais. Seguiu trabalhando até a década de 1970, quando já passava dos 70 anos de idade. Neste período na escola, conquistou a amizade, carinho e confiança de todos, desde os menores alunos até os professores e pais. Como relatado algumas vezes em comentários no Trilhando a História de Parobé, muitas vezes, para participar da merenda, bastava que os alunos levassem verduras e legumes, que eram acrescidos aos ingredientes que a Dona Adelina preparava sua inesquecível sopa. Anos depois seu nome foi “emprestado” para a EEEM Adelina da Cunha, localizada no bairro Nova Parobé, cuja fundação ocorreu em 26 de março de 1987. Além da escola, também foi homenageada na Calçada da Saudade, localizada na Praça 1º de Maio. Dona Adelina faleceu em 01/11/1992.

Em uma foto do Grupo Escolar Parobé postada aqui no projeto no ano retrasado, de uma celebração de 1º de Maio realizada entre o final da década de 1960 e início de 1970, muitas pessoas comentaram sobre Dona Adelina e seu esposo Diogo Hilário da Cunha, que era zelador da escola.

Um destes comentários postados no Trilhando a História de Parobé, Odete Do Amaral relembrou os dias em que estudava no Engenheiro Parobé e a importante pessoa que foi a “Dona Dilina”, como era chamada:“Dona Dilina fez parte de minha infância e de meus irmãos. Na década de 60 até 70 estudamos no Engenheiro Parobé, ela era merendeira, uma pessoa de um coração enorme!! Sempre calma e disposta a dar um pouquinho mais de merenda, ou um carinho quando nos machucávamos nas brincadeiras do recreio!! Passaram-se os anos e até hoje quando nos reunimos nos pegamos lembrando da dona Dilina, costumo contar pras crianças da família do anjo nos servia amor na mistura das merendas, um anjo chamada Dilina!!”.

Carlos Henrique da Silva citou diversos detalhes da foto postada em 2021: “Sim, Tio Chico e Tio Darci, no centro da foto Tia Ernestina e o casal da direita meus avós paternos Dona Adelina Martins da Cunha e Seu Diogo Hilário da Cunha. Não lembro do sobrenome Pereira no nome deles. No fundo da foto me parece ser minha mãe, Vilma, com a mão no queixo ao lado da coluna do corredor das salas de aula atrás do barril de chopp. Meu vô Diogo costumava reunir os filhos no feriado de 1º de Maio todos os anos. Os filhos vinham de Porto Alegre e Pelotas com seus filhos e formava um grande número de pessoas. Como meu vô sempre dizia: ” vai vir um borbutão de gente de baixo no feriado”, se referindo ao grande número de pessoas que viriam de Porto Alegre e Pelotas. Nesta época da foto (final dos anos 60, início dos anos 70) já se reuniam filhos, netos e bisnetos. Eu sou filho do João Carlos (baiano) filho de criação do seu Diogo e da Dona Dilina, meu pai era o filho mais novo do casal. A direita da foto ficava a cozinha da escola, e neste dia eu estava na escada da cozinha comendo salada de frutas num copo de vidro e minha tia Talita saiu da cozinha com uma panela de molho de tomates e não me viu na escada e esbarrou em mim que acabei caindo e cortando um dedo com os cacos de vidro e foram 12 pontos que me deram uma cicatriz que carrego até hoje. Me trouxeram para Taquara onde era a Sandu, na Tristão Monteiro onde era uma estação de trem e fui atendido pelo Dr. Alvarino Lacerda. Eu devia ter uns 3 anos mais ou menos. Depois que saíram do Colégio foram morar na Rua Santa Catarina, hoje Rua Adaviano Linden, entre o atual Ginásio de esportes Décio Diniz da Costa e o CFC”.

Neide Marilda Schmidt também tem lembranças: “Que linda recordação a D.Dilina fazia uma gostosa sopa de merenda cada aluno levava um ingrediente que tinha em casa. Ovo. legumes e verduras”. Nossa grande amiga Lígia Mosmann relembrou: “Ele era meu tio avô, irmão da minha avó materna. Convivi muito com tia Adelina no Eng⁰ Parobé, como aluna e depois como professora. Saudades!!!”.

Grande colaborador aqui do projeto, o Elutério Muller Huff comentou: “Bela recordação. Pessoas maravilhosas, me faz voltar no tempo e ter boas recordações”. Outro estudante da escola era o Edson Hartz: “Que bela foto, em frente à sala 1 e a secretaria do Eng°. Tempos de barril de chopp de madeira! Dona Dilina era vizinha de minha avó materna. Belo registro!”.

Danea Razzolini lembrou com carinho: “Inesquecíveis! Era maravilhoso ir para escola todos os dias. Eu adorava seu Diogo e dona Dilina. Meu pai levava produtos pra fazer a sopa da escola. Bons tempos”. O tempo passa e a saudade ficou, como disse Maria Fatima de Souza: “Saudades daquele tempo de criança. Quando chegávamos na escola éramos muito bem recebidos e acolhidos por eles. Sem esquecer da maravilhosa sopa de legumes da dona Adelina. Bons tempos no GRUPO ESCOLAR PAROBÉ, onde fui alfabetizada e estudei até o quinto ano, com professores maravilhosos nos transmitindo seus conhecimentos e sabedoria”. O seu Diogo Hilário da Cunha é lembrado pela Diva de Paula: “Seu Diogo tinha o melhor boteco da época… rapadurinhas maravilhosas…”

Realda Gil comentou: “Outro dia estava pensando na dona Adelina, lamentei não ter foto dela naquela época…e agora me aparece uma. Quanta alegria la passava nas salas para recolher os legumes para o sopão. Cada família colaborava com alguma coisa. Lembro com muito carinho deles”. Deana Machado lembrou ainda de quando as crianças sujavam o guarda-pó: “Dona Adelina! Um amor de pessoa! Fazia a melhor sopa!!!! E se por acaso a gente sujava o nosso guarda pó branquinho e engomado, ela dava um jeitinho pra limpar. Sempre com um sorriso, sempre pronta para uma conversa carinhosa. Saudades…”. O saudoso Laerte Mosmann também havia deixado seu comentário: “Nossa que coisa linda e de muitas saudades. A melhor sopa que me serviram”.

Mais comentários:

Elcita Koch:

“Saudade da sopa que a Dona Adelina fazia”.

Clara Willers:

“Nossa, saudades desta época, eram maravilhosos, Dona Dilina fazia as merendas da escola”.

Ângela Krummenau:

“Nossa que legal, a sopa inesquecível uma delícia”.

Lizete Braun Henckel:

“Nossa, que legal, dona Dilina uma pessoa maravilhosa, Saudades eternas”.

Maria De Fátima Dos Santos Haag:

“Saudades destes vovôs a Dona Adelina foi uma mãe pra mim amo ela e seu Diogo onde quer que estejam, mas com certeza viram anjos de luz”.

Mirlei Alzira Blos:

“Muitas saudades, D Adilina fazia sopas deliciosas”.

Vera Mergener:

“Bons tempos! Uma pessoa maravilhosa”.

OBS: quem tiver fotos em boa qualidade da Dona Adelina e quiser colaborar, ficarei grato! A foto foi digitalizada da Revista Atafona, e não está em boa qualidade.

Quem aí lembra da Dona Adelina e tem mais informações para compartilhar?

Créditos da foto:

Foto retirada da Revista Atafona nº 23 – Outubro de 2006

Projeto criado por Maicon Leite, graduando em História pela FACCAT e presidente da AMUPA (Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé). Todos os direitos reservados.

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Maicon Leite

Criador do projeto Trilhando a História de Parobé e Presidente da AMUPA - Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé

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