Bloco dos Casados em festa de carnaval realizada há 90 anos, em 1934

Nestas fotos clicadas há 90 anos, em 1934, estão membros de famílias como Sauer, Haack, Scheffel, Ritter e Schuler curtindo o carnaval, em local que poderia ser a residência de alguma destas famílias. Segundo matéria da revista Atafona nº 30, de junho de 2008, e assinada por Ligia Mosmann, o carnaval em Parobé foi chegando aos poucos, afinal, naquelas primeiras décadas do século passado o então Distrito de Taquara não contava com mais de 300 habitantes. As notícias sobre carnavais de cidades maiores chegavam por aqui de trem através do tradicional jornal Correio do Povo e através de fotos publicadas na revista O Cruzeiro.

E para ouvir as marchinhas? As músicas de Carnaval só efetivamente passaram a ser produzidas em larga escala, para serem cantadas pelo povo nas ruas, entre 1910 e 1920, tendo se consolidado como gênero musical na década de 1920 e atingindo um dos seus picos na década seguinte. Uma das marchinhas mais conhecidas foi escrita na década de 1930, época das nossas fotos. “Cidade Maravilhosa” foi composta por André Filho e retrata o contexto histórico vivido pelos cariocas na época. Período em que o Rio de Janeiro de então dava seus primeiros passos no chamado progresso cultural, artístico, paisagístico e arquitetônico. Muito mais do que uma marchinha popular, e até indispensável no Carnaval, “Cidade Maravilhosa” virou o hino oficial do Rio de Janeiro.

Sendo assim, os parobeenses na década de 1930 já tinham várias marchinhas para animarem suas festas. Segundo Ligia Mosmann, as marchinhas eram ouvidas pelas ondas curtas das rádios Nacional e Tupi, do Rio de Janeiro, onde rodavam composições de Chiquinha Gonzaga, Mário Lago e Braguinha. E pensando em uma maneira de celebrar o carnaval, casais como Theophilo e Alvina Suer e Walter e Idalina Ritter começaram a realizar pequenos bailes à fantasia, organizando blocos, participantes, local das festas, fantasias, etc.

Como na época era tudo muito difícil, deveriam utilizar o que tinham em mãos para colocar em prática os planos carnavalescos. Uma coisa muito importante na questão das fantasias era cuidar para não ferir a moral e os bons costumes, sem fantasias muito extravagantes. Compravam os materiais para fantasias no comércio local, e reaproveitavam estas fantasias para que pudessem ser novamente utilizadas no dia a dia após o Carnaval. Os temas destas festas, conforme relatou Ligia Mosmann em texto publicado na Revista Atafona, vinham da realidade rural que os cercava, como o Bloco dos Carijós, onde as fantasias foram baseadas na coloração das penas de galinhas dessa raça, sendo composta por um vestido de corte simples de tecido de algodão xadrez preto e branco para as mulheres. Já os homens vestiam camisa do mesmo tecido e chapéu de palha, arrematado por uma faixa preta e branca. Havia também blocos de solteiros, que participavam fantasiados ou não.

Então, na noite de sábado de carnaval, os participantes se reuniam em um local próximo ao Salão de Cristiano Dienstmann, no centro de Parobé (antiga Lancheria Central, atual Farmácia São João). Logo depois, com a inauguração da sede própria da Sociedade Cultural e Recreativa Parobé, os bailes começaram a ser realizados lá.

Na foto é possível identificar alguns dos casais presentes: Theóphilo e Alvina Suer, Walter e Idalina Ritter, Celivio e Elvira Haack, Irma e Alvício Scheffel e Talita e Erich Schuler.

Fontes:

Revista Atafona nº 30, de junho de 2008

Créditos da foto:

Acervo do Museu Municipal de Parobé – Digitalizada/editada por Maicon Leite

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Maicon Leite

Criador do projeto Trilhando a História de Parobé e Presidente da AMUPA - Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé

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