População reunida em torno da Estação Parobé e da casa comercial de Arno Brenner

23 de dezembro de 202423 de dezembro de 2024Maicon Leite 0 comentáriosArno Brenner, Estação Parobé

Um dos locais mais importantes para a história do município, o entorno da antiga Estação Parobé sempre foi o coração da cidade. Nesta foto datada de 1958, pessoas estão reunidas ao lado do depósito da estação férrea, localizada à esquerda e consequentemente em frente à estação, possivelmente aguardando alguma “Maria Fumaça” ou carro motor. Embora não seja possível identificar as pessoas, pelo menos uma das mulheres pode ser da família Becker.

Ao fundo, o prédio que na época sediava a casa comercial de Arno Brenner, que anteriormente pertencia à Albino Schäfer e cuja inauguração remonta ao dia 14 de abril de 1917. Foi, assim como outras construções, uma testemunha ocular do desenvolvimento do povoado no início do século passado.

A localização estratégica de seu estabelecimento, quase em frente ao armazém de cargas da VFRGS (Viação Férrea do Rio Grande do Sul), o deixou bem posicionado, e dali construiu uma boa freguesia, quando a então vila de Parobé contava com cerca de 200 a 300 habitantes. Tendo em vista essa facilidade em movimentar seu comércio através do trem, principalmente da compra e venda da farinha de mandioca, proveniente das inúmeras atafonas espalhadas pela região, acabou criando nome e se tornou referência.

Entretanto, décadas mais tarde, em 1940, seu filho Alvício Schäfer mudava-se para Taquara, e coube aos genros de Albino, Artuino Arsand e Theóphilo Sauer, darem seguimento ao estabelecimento, também conhecido como “secos e molhados”. Consta que naquela década, 1940, os negócios iam mal para o setor agrícola, o que afetava as atividades que dependiam quase exclusivamente desse ramo, como as ferrarias, atafonas e comércios.

O próximo a assumir o ponto foi Arno Brenner, adquirindo o imóvel de Artuino Arsand e Theóphilo Sauer, instalando assim sua casa comercial, que vendia ferragens, louças, tecidos e diversos utensílios que vinham de outras cidades e que eram difíceis de adquirir. Meu avô, Alfredo Henrique Haag, chegou a trabalhar neste comércio de Arno Brenner.

Depois de sediar o supermercado S.N. Muller entre as décadas de 1980/1990, o prédio passou a sediar a Intuição Modas e hoje é uma das construções mais antigas de Parobé, somando assim 107 anos de história.

Créditos da foto:

Acervo de Neiton Luis Becker – Foto digitalizada e editada por Maicon Leite

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