Família Pioli e amigos no Morro da Canoa & origens

Família Pioli (irmãs Maria Inês e Virgínia) e amigos/vizinhos reunidos no Morro da Canoa por volta das décadas de 1940/1950. Também estão na foto Elaine, primeira filha de Virgínia e Juarez segundo dos quatro filhos de Virgínia, que ainda mora no mesmo lugar da foto no Morro da Canoa. Elas eram filhas de Pedro Pioli dos Santos (3 de março de 1893 – 11 de novembro de 1974) e Leonor Maria (5 de maio de 1895 – sem data de falecimento). Pedro era filho do imigrante italiano Jacob Piolli (21 de dezembro de 1859 – 9 de junho de 1932), cujo nome de batismo era Giacomo Tommaso Vittorio Pioli e de Virgínia Cândida dos Santos (9 de janeiro de 1873 – sem data de falecimento), de Santa Cristina do Pinhal.

Morro da Canoa

O Morro da Canoa fica localizada entre os bairros Fazenda Pires e Fazenda Martins, numa das poucas áreas verdes ainda existentes em Parobé.

Pioli, Piolli ou Piolly?

Detalhe em relação ao sobrenome Pioli: na certidão de batismo do imigrante Jacob consta como Pioli, com apenas um “l”, enquanto em outras fontes o sobrenome varia para “Piolly” e “Piolli”. Em sua certidão de óbito, consta como “Piolli”. Sabemos que em muitos casos os escrivães acabavam não entendendo os nomes e sobrenomes e registrando conforme imaginavam ser o correto e também aportuguesando nomes e sobrenomes.

Ligações familiares & raízes:

Para quem se interessa por história e genealogia, estudar sobre estas ligações familiares é uma tarefa muito prazerosa e reveladora. Neste caso das irmãs Pioli, vamos ir um tanto quanto longe em suas origens. Importantes pesquisas e estudos foram realizados sobre estas famílias, através de publicações como Nobiliário da Ilha Terceira, dentre outros livros e documentos, preciosas fontes de conhecimento.

As irmãs Maria Inês e Virgínia, por exemplo, eram primas da 11º geração do meu avô paterno, Jacy Moreira Leite (3 de janeiro de 1917 – 18 de maio de 1980), que era casado com Zoé Terezinha Custódio (30 de novembro de 1937 – 19 de dezembro de 2014), ambos residentes em Butiá, embora meu avô tenha nascido em Dom Pedrito.

Em comum temos meu avô da 12ª geração, o açoriano Capitão Antônio Brum da Silveira (1º de maio de 1546 – 22 de março de 1597), que neste caso teve duas esposas, a minha antepassada Violante Luís de Faria (aproximadamente 1555 – aproximadamente 1615) e a antepassada das irmãs, Beatriz Evangelho (nascida aproximadamente em 1549, sem data de falecimento). O parentesco com as irmãs é através do pai de sua mãe, Manoel Antônio de Oliveira, casado com Maria Ignez Caidel (1865–1956), cujo matrimônio foi realizado por volta de 1896 em Santa Cristina do Pinhal. Sendo assim, os netos de Leonor seriam meus primos da 13ª geração.

Indo um pouco mais a fundo, temos as seguintes informações: António da Silveira de Brum, também referido como de Brum da Silveira, era capitão e natural da Feteira, na Ilha do Faial, nos Açores, arquipélago de Portugal, composto por nove ilhas. Casou-se pela primeira vez com Violante Luís e, posteriormente, em segundas núpcias, com Beatriz Evangelho. Beatriz era filha de Rui Dias Evangelho e Isabel de Carvalho Peixoto e foi a primeira administradora do vínculo instituído por seu avô, Gaspar Roiz Evangelho. António viveu na freguesia do Espírito Santo, também localizada na Feteira, na Ilha do Faial. Mais detalhes sobre ele podem ser encontrados na obra de F.S. de Lacerda Machado, “Os Morgados das Lages”.

A origem dos Brum

O sobrenome Brum tem suas raízes na antiga família flamenga Bruyn, que se estabeleceu em Portugal no final do século XV. Wilhelm van der Bruyn, natural de Maestricht, foi o fundador da linhagem em território português, fixando-se nas ilhas da Madeira e Terceira. Ele deixou uma vasta descendência fruto de seu casamento com Violante Vaz Ferreira Pimentel. Ao longo dos séculos, a família originou diversos ramos, como Brum da Silveira, Terra Brum, Brum do Canto e Cunha Brum, muitos dos quais chegaram ao Brasil. Essa rica história encontra-se documentada no Nobiliário da Ilha Terceira, Tomo I, página 162.

No Brasil, o sobrenome Brum foi trazido por inúmeras famílias ao longo dos séculos, principalmente provenientes da Ilha Terceira, nos Açores. Um dos capítulos mais marcantes dessa trajetória envolve a união dos sobrenomes Brum e Silveira, cujas raízes remontam ao século XVI.

Antônio de Brum, o Velho (1521-1590), figura importante dessa história, era natural da Ilha da Madeira e filho de Wilhelm van der Bruyn (1493-1553), patriarca da família Brum na Ilha Terceira. Em 1548, Antônio se casou com Bárbara da Silveira (1527-1587), neta de Willem van der Haagen (1432-1510 – meu avô da 15.ª geração), outro imigrante flamengo que adotou o sobrenome Silveira ao se estabelecer na região. Wilhelm van der Haagen foi um empreendedor e explorador flamengo, pioneiro no povoamento do arquipélago dos Açores, e do qual os descendentes fizeram parte da nobreza açoriana original. A união de Antônio e Bárbara deu origem a uma linhagem notável, eternizada em um testamento de 1585, referência histórica preservada no Nobiliário da Ilha Terceira, Tomo I, página 163.

Pesquisas genealógicas indicam que os Brum da Silveira e outras famílias que carregam brasões associados ao sobrenome Silveira não têm relação direta com os Silveiras de Portugal. A origem flamenga dessas famílias é um elemento fascinante, que destaca a influência dos imigrantes flamengos na formação das comunidades açorianas e, posteriormente, brasileiras.

Entre os descendentes ilustres do casal, destacam-se Antônio de Brum da Silveira Leite, bisneto de Antônio e Bárbara e primo do meu antepassado da 11.ª geração, que foi capitão-mor do Faial. Ele e sua esposa, Luzia da Terra da Silveira, deram origem à família Terra Brum. Outro ramo relevante foi iniciado por Maria de Ávila da Silveira Bettencourt, terceira neta do casal, que, ao se casar com Sebastião de Faria Bulcão, fundou a família Silveira Bulcão, posteriormente radicada na Bahia.

Créditos da foto:
Acervo de Vera Mosmann/João Carlos – editada por Maicon Leite

Agradecimentos:
Vera Mosmann

Fontes:
Family Search:
https://www.familysearch.org/tree/person/details/L58J-BLK

GENEALOGIA CORRÊA. Origens dos Sobrenomes. Disponível em: https://www.genealogiacorrea.com.br/origens_dos_sobrenomes.htm. Acesso em: 25 dez. 2024.

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Maicon Leite

Criador do projeto Trilhando a História de Parobé e Presidente da AMUPA - Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé

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