Centenário da Casa dos Mosmann
A casa de alvenaria erguida por José Mosmann Sobrinho (1889–1965) em 1925 é uma testemunha ocular das mudanças ocorridas em Parobé ao longo do último século. Localizada estrategicamente, a propriedade viu a paisagem rural de poucas vizinhanças dar lugar à urbanização acelerada, mantendo-se como um ponto fixo em meio ao fluxo da história. O ano de 1925 marca sua inauguração e desde então muita coisa mudou, nela e ao seu redor.
Nos seus primeiros tempos, a residência estava intrinsecamente ligada à principal artéria de desenvolvimento da região. Entre 1903 e 1964, a linha férrea passava exatamente à frente da propriedade, traçado hoje ocupado pela Avenida Artuino Arsand. A via, que sempre foi um eixo vital de acesso e décadas mais tarde sediaria a rodoviária da cidade, moldou o entorno da casa dos Mosmann.
Naquela época, a propriedade operava como uma unidade autossustentável. A planta original — com duas salas, quatro quartos e despensa, e o banheiro (a tradicional patente!) na área externa — atendia a uma família numerosa. O quintal era um centro produtivo: até meados de 1950, abrigava uma atafona para produção de farinha de mandioca, além de horta, pomar, e estruturas para criação de gado e suínos. Um poço artesiano dessa época permanece em uso, conectando o passado ao presente.
A casa também guarda fortes lembranças de seus moradores. Seguindo os costumes de antigamente, foi palco dos ritos finais de seus moradores. Os primeiros proprietários, José Sobrinho e Emília Mosmann, foram velados na própria residência, assim como o genro Reinaldo Jacoubus (1912–1940).
A história oral da família adiciona uma camada de folclore à construção. Segundo relatos de José Guilherme Mosmann, a casa era considerada “meio assombrada”. Ruídos e vultos foram percebidos pelos moradores ao longo de décadas, fenômenos que, curiosamente, cessaram na década de 1990, coincidindo com o período de grandes modernizações no imóvel.
A análise das reformas da Casa dos Mosmann revela a adaptação da estrutura às novas demandas habitacionais e profissionais.
A primeira modernização (1974): A residência passou por sua primeira intervenção com a troca do telhado e das janelas, atualizando materiais, mas mantendo a essência.
A transição (1996): Esta foi a reforma mais impactante, redefinindo o uso do espaço. A casa foi estendida aos fundos, ganhando uma nova cozinha integrada à sala e uma garagem, refletindo um estilo de vida mais moderno. Crucialmente, os três cômodos da frente deixaram de ser área íntima para se tornarem escritório. Onde antes dormiam as primeiras gerações, hoje opera a Mosmann Sistemas, marcando a transição da economia agrária para a de serviços e tecnologia. O layout consolidou-se em: 2 quartos, 3 salas, banheiro, a área integrada de cozinha/sala e garagem.
Reestruturação (2014): A intervenção mais recente focou na reestruturação total. Um novo telhado foi instalado, criando um sótão, e a pintura foi renovada. A reforma respeitou e manteve a distribuição de cômodos estabelecida em 1996.
A residência, hoje ocupada pela descendência de João Homércio Mosmann (1936–2003) — filho de José Mosmann Sobrinho — prova a resiliência da arquitetura de alvenaria. Ao adaptar-se de lar rural com patente externa para um espaço híbrido de moradia moderna e sede empresarial, a Casa dos Mosmann continua a escrever sua história na paisagem de Parobé.
Dados gerais:
Casa de alvenaria construída por José Mosmann Sobrinho (1889–1965), filho de João Mosmann (1846–1946) e Rita Pires de Souza (1860–1935). Ele foi casado com Emília Saul e tiveram seis filhos, dentre eles, João Homércio Mosmann (1936 – 2003), casado com Maria de Lourdes da Silva Mosmann (1943) e pais de José Guilherme Mosmann, João Batista Mosmann, Carla Maria Mosmann e André Luís Mosmann.
Crédito da foto:
José Guilherme Mosmann
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