Ary Sady Selzlein no Exército (e suas origens)

Foto tirada em 1956, com o saudoso Ary Sady Selzlein posando ao centro junto a colegas no quartel em São Leopoldo, quando serviu o Exército.O interessante nestas pesquisas é descobrir um pouco mais sobre as origens das pessoas que as ilustram. No texto de hoje, por exemplo, curiosamente, vamos descobrir que um antepassado de Ary foi soldado de Napoleão Bonaparte durante as Guerras Napoleônicas.

Ary nasceu em 24 de abril de 1938 na Fazenda Pires, era filho de Balduíno Selzlein (nascido em 1911)e Lorena Diefenbach. Se casou com Cilze Nair Bauer em 14 de maio de 1966 e tiveram dois filhos: Eduardo Daniel Selzlein e Marcos Roberto Selzlein. Nair, por sua vez, nasceu em 1943 na localidade de Campo Pinheiro, atual Campo Vicente, e era filha de João Waldemar Bauer e Melinda Bauer.  O Sr. Ary faleceu no sábado, dia 14/01, aos 85 anos de idade.

O avô de Ary Sady, João Selzlein, era dono do salão que Christiano Dienstmann Filho comprou por volta da década de 1950, e que ficou conhecido como “Salão do Christiano” e também como a Lancheria Central, na esquina entre as ruas João Corrêa e Dr. Legendre (prédio da Farmácia São João).

João Selzlein, nascido em 14 de outubro de 1887 na localidade de Padre Eterno, faleceu em 8 de junho de 1956 em Parobé. Se casou em 24 de agosto de 1901 com Idalina Schmidt, nascida em 11 de fevereiro de 1882 em Novo Hamburgo e falecida também em Parobé, em 29 de março de 1960. Além de Balduíno, o casal teve mais seis filhos: João Emílio, Otília, Emma, Rosa, Wilma e Ela.

Viajando um pouco mais para trás na árvore genealógica, chegamos até o imigrante Johannes Wilhelm Salzlein, nascido em 1813 em algum local da atual Alemanha, cuja viagem para o Brasil se deu em algum ponto de 1826 ao lado dos irmãos e dos pais Friedrich Joseph Salzlein e Margaretha. Johannes se casou com a também imigrante Anna Christina Werlang (1819- 1896) em 22 de maio de 1841, na Igreja Nossa Senhora Madre de Deus, em Porto Alegre. O casal, pelo que se sabe, teve um total de quatro filhos: Christiana, Wilhem (bisavô de Ary Sady), Margarida e Maria.

“La Grande Armée”, em português, “o grande exército” de Napoleão Bonaparte.

O que sabemos sobre Anna Christina Werlang, a partir de informações dos sites Geni e Family Search,é o seguinte: nasceu em 26 de dezembro de 1819 em Westhofen, um município da Alemanha localizado no distrito de Alzey-Worms, no estado da Renânia-Palatinado. Era filha do militar Johann Jost Werlang (24 de outubro de 1774 – 1860 – também grafado como Joannes Jodocus Werlang), que chegou a São Leopoldo em 30 de dezembro de 1825. Consta que Joannes foi oficial (coronel) no Exército de Napoleão Bonaparte. Com o término das guerras napoleônicas, que devastaram a Europa entre 1803 e 1815, deve ter decidido buscar uma vida melhor e veio para o Brasil com a esposa Christina Becker (1773 – 18 de março de 1864) com quem se casou em 24 de abril de 1797. O casal teve seis filhos. Um dos principais motivos de sua decisão em emigrar para o Brasil foi o de não aceitar a jurisdição prussiana sobre o Departamento de Rena e Mosela desanexado da França no período napoleônico.

Depois da guerra a família abriu uma hospedaria em Wiebelsheim. Johann tentou se estabelecer como dono de pousada, a “Gasthaus Werlang”. A região era famosa como um resort de caça, cheio de veados. Jacob Werlang, o filho mais velho de Johann, foi deixado para trás com a casa e depois foi vendida para alguém que o renomeou como “Gasthaus Nick”. É hoje a sede do município de Wiebelsheim.

Partiu em 25/08/1825 do porto de Antuérpia na galera Friederich Heinrich (375 passageiros), com a esposa e 5 filhos. Chegaram no Rio de Janeiro em 04/11/1825, recebidos presencialmente pelo Imperador D. Pedro I. Johann carregava 40.000 florins (uma passagem de pessoa adulta, de Hamburgo ao Rio de Janeiro, custava 120 florins). Fazendo a conversão em dinheiro atual daria em torno de 1 milhão de reais, levando em consideração o preço da passagem de navio Rio de Janeiro x Europa. Posteriormente partiram para o Rio Grande do Sul, província do extremo Império, onde chegaram em 29 de dezembro de 1825, na capital provincial de Porto Alegre. No dia 30 de dezembro de 1825, chegaram à Feitoria Velha, uma das primeiras colônias não portuguesas do Brasil, na cidade de São Leopoldo.

Johann faleceu em 1860, em São José do Hortêncio, onde deixou inúmeros descendentes, que até hoje celebram sua história. E assim ficamos conhecendo também a história do tataravô paterno de Ary Sady Selzlein.

Foto do acervo de Ary Sady Selzlein – digitalizada/editada por Maicon Leite

Fontes:

Family Search: www.bit.ly/3WzOjAN

Geni: www.bit.ly/3BQZAVg

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Maicon Leite

Criador do projeto Trilhando a História de Parobé e Presidente da AMUPA - Associação dos Amigos do Museu Histórico de Parobé

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